Arquivo do mês: dezembro 2011

Chorinhos e Chorões de Ano Novo: ótimas energias musicais

'Chorinho' - Portinari (meramente ilustrativa ?)

Para começar bem o ano, o Chorinhos e Chorões traz um super especial de ano novo. Só pérolas do Choro e da música instrumental.

A ideia é atrair as melhores e mais belas energias musicais pro seu rádio.

Armandinho (e Época de Ouro) em Barracão

Grandes composições, alguns clássicos nacionais e internacionais, mas dando ênfase, também, a inesquecíveis interpretações. Algumas delas reinventadas por geniais instrumentistas, tal a originalidade de suas execuções.

Libertango - Chiquinho e Orquestra de Cordas Brasileira

São momentos memoráveis de música brasileira, ainda que seja executando clássicos internacionais. Imagine o encontro instrumental de Raphael Rabello(violão de 7 cordas) e Déo Rian (bandolim) sobre Czardas, do italiano Vitório Monti; ou a desconcertante execução de Chiquinho do Acordeon e Orquestra de Cordas Brasileira, para Libertango (1º movimento da Libertango Suíte), de Astor Piazzolla; ou até mesmo a chorística leitura do multi instrumentista Carlos Malta, para um clássico do pop, Help, de John Lennon e Paul McCartney. É Beatles no Choro, literalmente.

Melodia Sentimental (com o pop-chorístico 'Rabo de Lagartixa')

Depois, outras belezuras de igual encantamento. Ternura, de K-ximbinho, uma das mais lindas composições brasileiras, em execução de Paulo Moura, que é puro sentimento; a reinvenção pop-chorística, do Rabo de Lagartixa, para Melodia Sentimental, de Heitor Villa Lobos.

Carlos Malta - tem Beatles 'n' Choro

E ainda tem o irrequieto Yamandú (7 cordas), junto com Silvério Pontes (trompete), em Flamengo, de Bonfíglio de Oliveira; o lendário conjunto Época de Ouro em encontro, ao vivo no Jazz Mania-Rio de Janeiro, com Armandinho, numa apoteótica execução de Barracão. Nessa o público toma conta, cantando a música inteira.

Pra fechar o programa e abrir as portas do ano novo, um bloco só com grandes choros cantados. Mas essa seleção, só mesmo ouvindo o programa.

O Chorinhos e Chorões começa às 9h da manhã de domingo, na Universidade FM.

Mensagem de Natal

 

ONDE ESTÁ (?)

 por ricarte almeida santos

SE NÃO POSSO TE VER

NAQUELE QUE  SOFRE

SE NÃO POSSO TE SERVIR

COMIDA A QUEM PEDE PÃO

SE NÃO POSSO TE ABRAÇAR

EM QUEM PADECE

ONDE ESTÁ SENHOR EM MIM?

SE BATI  MINHA PORTA

A TI NA NOITE FRIA

SE FECHEI OS MEUS OLHOS

PRA TI QUE SOFRIAS

SE NÃO GRITEI TODA OPRESSÃO

ONDE ESTÁ SENHOR EM MIM?

SE NÃO ESTENDÍ MINHAS MÃOS

SE NÃO TE VI NO MENINO DE RUA

SE NÃO  TE AMPAREI NO DESPEJO

SE NÃO GRITEI A TUA TORTURA

SE NÃO TE ABRACEI NA AFLIÇÃO

DA LOUCURA?

EU NÃO ENTENDI JESUS

 O TEU AMOR

ONDE ESTÁ SENHOR EM MIM

ESTOU VAZIO DE AMOR

ONDE ESTÁ TEU AMOR EM MIM

A TUA LUZ ?

ONDE FOI PARAR O EVANGELHO

DE JESUS?

 

Rede Mandioca terá centro de comercialização

 Convênio entre Cáritas e Fundação Banco do Brasil garantirá a construção do Centro de Referência e Comercialização da rede, em São Luís

Secretário executivo da Cáritas Brasileira Regional Maranhão, Ricarte Almeida Santos assina convênio observado por Lucineth Machado, assessora da Rede Mandioca

A Cáritas Brasileira Regional Maranhão receberá 100 mil reais da Fundação Banco do Brasil em 2012. O valor é fruto de um convênio firmado entre as instituições para a construção do Centro de Referência e Comercialização da Rede Mandioca, em São Luís. O documento foi assinado ontem (13) por representantes da Cáritas e FBB na sede da primeira.

Ricarte Almeida Santos, secretário executivo da Cáritas Brasileira Regional Maranhão frisou a importância do convênio para o fortalecimento da Rede Mandioca no Maranhão: “Os bancos oficiais em geral, sempre afirmaram que a cultura da mandioca não tinha viabilidade. Mas foi a mandioca quem fez com que o povo maranhense não morresse de fome. A base de Alcântara, por exemplo, quase mata o povo que foi retirado de suas terras. A professora Maristela [de Paula Andrade, do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMA] produziu o livro Fome de Farinha, sobre a questão. A maioria dos que foram retirados das agrovilas por conta da construção da base espacial, hoje está inchando as periferias da capital”, comentou.

 
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Mato Grosso e Pedra Azul no Ch & Ch: Agora Lera chorará para sempre

Não, não se preocupe! Não se trata de mais uma dupla de sertanejo universitário, das muitas que têm por aí, em lançamento no Chorinhos e Chorões. Definitivamente, não é isso! 

Aliás, foi com essa estória – com “e” mesmo, por motivos óbvios – de sertanejo  univesitário, que cheguei à triste conclusão, que  o acesso ao ensino “superior” tem lá suas tragédias.

Rapaz, o que tem aparecido dessas tais duplas de sertanejo universitário, é uma coisa, cada uma pior que a outra. A tragédia só é, ainda,  maior  porquê, mesmo com o  maior acesso dos nosso jovens ao chamado ensino superior, essa modalidade “universitária de música” só tem crescido, em duplas e em público consumidor.

De quarta à domingo os bares da Ilha estão impestados de tal música  “acadêmica”. Fazer o quê?

Cada vez mais sentirei saudades de música do povo, de cultura popular.  Salve, salve D. Teté!  Nossa Rainha da Cultura Popular, já está de partida.

Lera chorará para sempre!

D. Teté - Lera chorou

Mas voltando à dupla do título acima, o Chorinhos e Chorões, neste domingo,  11 de dezembro, vai mostrar pitadas generosas de duas belas novidades discográficas da Música Popular, não universitária, é bom que se diga.

Os mais recentes cd’s de Ney Matogrosso e Paulinho Pedra Azul e suas porções mais chorísticas, digamos assim.

Ney Matogrosso - foto de divulgação

Beijo Bandido, é o mais novo cd de Ney Matogrosso, um disco passional, viceralmente passional, latino.  Ney Matogrosso, como sempre, surpreendente, totalmente entregue à música, a cada uma delas, como poucos intérpretes no Brasil. Sua interpretação é forte e meticulosa, na respiração, na exploração da frase musical, na dramaticidade empregada, o cara é dose!

Um repertório escolhido a  toda passionalidade. Se não, como pensar num só disco do Ney, pérolas do estirpe de Tango para Tereza, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim; ou  Doce do Coco, de Jacob do Bandolim, numa interpretação que evoca a magistral Elizeth Cardoso; ou, ainda, Bicho de Sete  Cabeças, de Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Renato Rocha?! Isso pra falar só das mais chorísticas.

É, porque ainda tem De Cigarro em Cigarro, do Luiz Bonfá;  A Cor do Desejo, composição sensualmente forte, de Junior Almeida e Ricardo Guima; a internacional Facinação, imortalizada no Brasil pela saudosa Elis Regina; Tem Segredo, clássico de Herivelto Martins e Marino Pinto; a balada pop, Nada por Mim, de Herbert Vianna e Paula Toller, dentre outras.

 Já Paulinho Pedra Azul, depois de quase toda a carreira meio que rompido com as chamadas grandes do mercado fonográfico, lança seu mais  novo cd, 30 Anos, distribuido pela gigante Som Livre.

Paulinho Pedra Azul - foto encarte

Como se trata de um disco comemorativo, de toda uma carreira de  boa música, boa poesia, de muito lirismo, este trabalho traz, assim, uma repaginada em algumas crias consagradas desse bom mineiro do vale do Jequitinhonha; como Paulinho em toda sua carreira, sempre deixou fluir sua boa verve de chorão, é claro que em um disco celebrativo de sua trajetória musical, seria garantido um espaço generoso pro choro. É claro que sim!

Ele ainda presta homenagens a dois grandes mestres da Música Brasileira: Chico Buarque e Paulinho da Viola.

O Chorinhos e Chorões, que começa às 9h da manhã, de domingo, na Universidade FM. 

Vitorino Freire/MA: adolescentes são vítimas de tortura

Negros e suspeitos de assalto, dois adolescentes foram agredidos por delegado e três policiais civis

A Cáritas Brasileira Regional Maranhão recebeu, na manhã desta segunda-feira (5), a visita de dois adolescentes, vítimas de agressão por policiais civis na tarde da última quinta-feira (1º.) em Vitorino Freire/MA, distante 327km da capital São Luís.

Acompanhados de suas irmãs, eles foram ouvidos por Iriomar Teixeira, assessor jurídico das Redes e Fóruns de Cidadania do Estado do Maranhão, e Ricarte Almeida Santos, secretário executivo da Cáritas Brasileira Regional Maranhão.

Z. M. S., de 17 anos, conduzia uma motocicleta, com J. D. F. de carona. Ao passar em frente à delegacia da cidade, ouviram do delegado Samuel Antonio Morita Nocko a ordem: “Para, porra!”. Assustados e temendo a apreensão do veículo por não serem habilitados, os mesmos não pararam e passaram a ser perseguidos por uma viatura, guiada pelo delegado, acompanhado de três policiais.

Marcas da agressão ainda são visíveis em corpo de adolescente

Alcançados, os mesmos foram derrubados do veículo e policiais deram tiros para cima, passando, em seguida, a espancá-los: os adolescentes receberam chutes, socos e coronhadas, violência comprovada em exame de corpo de delito. De acordo com o delegado – que participou das agressões –, eles seriam suspeitos de um assalto a uma loja de utensílios domésticos. Durante as agressões o primeiro foi chamado de “viado” e “negro sem vergonha”, em atitude homofóbica e racista por parte das autoridades policiais.

Conduzidos na viatura até a delegacia, a proprietária da loja assaltada foi fazer o reconhecimento dos supostos assaltantes: não eram eles, afirmou, apesar de incitada por populares a jogar-lhes a culpa. A irmã de Z. M. S. ainda ouviu do delegado: “Me perdoa, eu não sabia que era teu irmão”, antes de informá-la que em coisa de mais “meia hora” iria liberá-los, “para que o povo não fique falando que fizeram tudo isso e deu em nada”. Depois de “justificar-se” perante a massa, o delegado iria à casa do adolescente, afirmar que a moto era roubada, numa flagrante tentativa de intimidação.

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Milla é sempre um espetáculo

Milla Camões