S. Olegário, uma das primeiras vítimas da Max(ima) truculência

Contrariando o que prometeu o secretário de Infra-estrutura, Max Barros, aos moradores do Vinhais Velho, o Sr.  Olegário Batista Ribeiro, 77 anos, um dos mais antigos moradores da comunidade, acaba de receber mandado de intimação, dando conta de seu iminente despejo para dar passagem à faraônica Marginal.

S. Olegário - 77 anos, nascido e criado na Vila do Vinhais Velho, o primeiro a ser despejado.

Nascido e criado na centenária Vila do Vinhais Velho, onde criou seus filhos, netos e bisnetos, S. Olegário, nos termos do famigerado Mandado Judicial, tem apenas 5 (cinco) dias para “oferecer impugnação”.

Caso contrário, terá que deixar, na marra, sua casinha onde sempre morou. Imóvel que, na avaliação do governo de Roseana (o melhor da vida dela), tem o valor (Max) de 29.900,00 (vinte e nove mil e novecentos reais) que, segundo a Procuradoria Geral do Estado, na Ação de Desapropriação, “(…)representa o preço justo para o imóvel”.

Para mandar intimar o ancião Olegário, fundamentou-se, o “famoso e eminente” (aspas minhas) Juiz de Direito da 4ª Vara da Fazenda Pública, Megbel Abdala Tanus Ferreira, “(…)com supedâneo no art. 1º, parte final, do Decreto-Lei nº 1.075/1970, intime-se o Réu(…)” (grifo meu).

S. Olegário é Réu? Não seria o contrário?

Verifique-se todas as exigências legais, de ordem ambiental, patrimonial (histórico e cultural), social,  cível, dentre outras, para uma obra dessa envergadura e, convenhamos?!

Perguntas básicas ululantes:

i – Por onde anda os Ministérios Públicos, ante tantas desobservâncias e atropelos dos Direitos Difusos;

ii – será que estão no porão do Vale Beijing, trabalhando para a Vale, os órgãos de controle ambiental, que não se pronunciam?;

iii –  onde está a sempre estridente e esfuziante Kátia Bogéa, superintendente do IPHAN, eternamente diligente e zelosa em defender o Patrimônio Histórico, que não se pronuncia com a mesma eloquência em relação ao caso Vinhais Velho? Será que está satisfeita com a garantia da preservação da Igreja, de cal e pedra, dada pelo Max Barros? E a Igreja, de gente, história, vivência, fé e cultura, não merece a mesma preocupação do IPHAN?

Quanto ao Judiciário, não é necessário nenhuma pergunta. Todos já sabem o que lhe cabe nesse latifúndio, vide documento abaixo:

São Luís 400 anos: presente (Max) de grego para S. Olegário

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